Sumário

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 CORPUS DOCUMENTAL BASE

1.1 -  Fonte dos dados
1.2 -  Casos registados no Continente
       1.2.1 -  Casos tipo (Continente)
1.3 -  Distribuição geográfica - Mapas
       1.3.1 -  Relatos Locais
             1.3.2 -  Relatos Nacionais
1.4 -  Quadros e gráficos

2

 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS : “EFEITOS"
2.1 -  Análise da Iconografia OVNI / ET
       2.1.1 -  Ficha de Reintrepretação
2.2 -  Critérios de Selecção
2.3 -  Classificação
2.4 -  "EFEITOS" - Distribuição Geográfica - Mapas
2.5 -  "EFEITOS" - Quadros e Gráficos
2.6 -  Distribuição Urbana e Rural dos Relatos com efeitos
2.7 -  Distribuição por idade e sexo das testemunhas chave
2.8 -  Aspectos particulares
       2.8.1 -  Efeitos cognitivos
       2.8.2 -  Tipificação dos principais estereótipos
       2.8.3 -  Efeitos afectivos

3

 ANÁLISE DE RESULTADOS

3.1 - Evolução semântica - fenómen. aéreos n/ identificados

3.2 - Evolução do tema "Marte" na imprensa portuguesa     

3.3 - Evolução morfológica do ET na imprensa portuguesa   

3.4 - Representações gráficas    

4

 CONCLUSÕES

                                                                   sequências animadas   

 1  "CORPUS DOCUMENTAL BASE

CORPUS  DOCUMENTAL  BASE
é o produto de um laborioso e cuidadoso trabalho desenvolvido ao longo de 27 anos  (1973-2000)
por três grupos portugueses de investigação ufológica:

CEAFI
1973-1982
Centro de Estudos Astronómicos e de Fenómenos Insólitos

CNIFO
1982-1993
(Comissão Nacional de Investigação do Fenómeno Ovni)

SPEC
1997- 2001
(Sociedade Portuguesa de Exploração Científica)

Ainda que não específica e exclusivamente devotado ao estudo fenomenologia OVNI, o CTEC acabou por receber o espólio reunido pelos citados grupos portugueses até finais
da década de 90.

Sendo os objectivos do CTEC a análise e a compreensão dos fenómenos da consciência, entendeu-se por legítimo incorporar a investigação das anomalias aéreas no conjunto de tópicos
 e objectivos científicos deste centro de estudos.

Refira-se que o CTEC representa a primeira iniciativa de âmbito universitário de integrar os fenómenos aéreos anómalos numa perspectiva multidisciplinar

1.1   FONTE DOS DADOS
“Ficheiro de Casos” sequencialmente elaborado
pelos citados grupos de investigação

Sempre que chegava ao conhecimento dos investigadores a ocorrência de uma observação aérea invulgar, as eventuais testemunhas eram contactadas tendo em vista a elaboração, geralmente no terreno, da denominada “Ficha do Caso”

Desta forma, foi possível reunir centenas de fichas (e elaborar dossiers complementares) num acervo que constitui um valioso e até único “Corpus Documental”, a partir do qual se desenvolveu o presente projecto .

1.2   CASOS REGISTADOS NO CONTINENTE

Para a elaboração do presente projecto o CTEC considerou, somente, os casos registados no Continente Português entre 1908 e 2000 :

Casos locais ………………………………………..    618  (a)
Casos de âmbito nacional ………………………     11   (b)
Totalidade dos casos registados ………………     629      

(a)  Registo de casos que ocorreram num local geograficamente bem definido 

(b)  Registo de manifestações tipo “Ovni” que se caracterizaram por um apreciável grau de simultaneidade em vários locais do Continente e até para além das suas fronteiras

1.2.1  CASOS - TIPO  (Continente)

          1.2.1.1  - OTA  - 2 de Novembro de 1982 (10:50h)

O tenente-piloto aviador Guerra, da Base da Ota, que se encontrava a efectuar um voo, observou, a uma altitude de cerca de 1500 metros, um objecto brilhante, que se deslocava de Norte para Sul, a cerca de 100 metros do solo. Ficando mais próximo do objecto o tenente pôde constatar que o mesmo parecia uma enorme “bolha de mercúrio”. Os alferes Garcês e Gomes que seguiam noutra aeronave puderam corroborar esta descrição.

          1.2.1.2  ALFENA  Alfena, Valongo, 10 de Setembro de 1990
                      (08:30h)

Céu limpo, 9 horas da manhã, pouco vento e temperatura amena. Um grupo de crianças alerta para um “balão” que se desloca no céu. A notícia espalha-se rapidamente. Segundo uma testemunha o objecto assemelhava-se a uma “tartaruga com pernas”.
Um morador no local fez uma preciosa sequência de 4 fotos do objecto.

As fotos de Alfena foram pela primeira vez, no nosso país, objecto de uma cuidada análise computorizada. Esses testemunhos fotográficos foram igualmente analisados cientificamente na França, Alemanha e Estados Unidos.
Apesar disso não foi possível, até agora, identificar o referido objecto.

O caso de Alfena
é, até agora, o melhor documentado e estudado em Portugal

SEQUÊNCIA FOTOGRÁFICA
DO CASO DE ALFENA

(Fotos tiradas por um morador)

Detalhe da luz esquerda

Detalhe do Encaixe do
“apêndice”
direito


Pormenor da calote superior


Ampliação  da  Foto1

1.3   DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA MAPAS
        ( Casos locais e nacionais)

          1.3.1  RELATOS  LOCAIS
        
(distribuição geográfica - MAPAS)

Os citados grupos de investigação reuniram uma valiosa informação sobre casos ocorridos entre 1908 e 1974 (ocorridos antes do início da sua actividade).
No entanto, foi entre 1975 e 2000 que, verdadeiramente, desenvolveram o seu trabalho de campo recolhendo “directamente” centenas de testemunhos. Por esse motivo, entendeu-se como correcto dividir esta distribuição geográfica em dois períodos distintos:
1º Período de 1908 a 1974
2º Período de 1975 a 200
0


1.3.1.1 Relatos Locais
Totalidade dos casos
1908 – 2000  (618 - casos)


1.3.1.2
Relatos Locais
1908 – 1974   (208 casos)


1.3.1.3
Relatos Locais
1975 - 2000  (410 casos)


1.3.1.4
Relatos Locais
Percentagem por Distrito
1908 – 2000

1.3.2  RELATOS NACIONAIS (ou de amplitude nacional)
         mapa representativo

Relatos Nacionais
(Ou de amplitude nacional)
Mapa representativo

       

1.4   QUADRO E GRÁFICO

          1.4.1  QUADRO DOS CENSOS
                   (ou de amplitude nacional)

Para encontrarmos um índice representativo do nº de casos por milhão de habitantes que nos permitisse a representação gráfica dos seus valores por distrito baseámo-nos nos censos fornecidos pelo:

       INE – Instituto Nacional de Estatística
relativos a:

 -  1960 (como base para a análise aos casos regista-dos entre 1908  e 1974) 

 -  1991 (como base para a análise aos casos regista-dos entre 1975  e 2000)
 

POPULAÇÃO POR DISTRITO - CENSOS DE 1960 e 1991
 
DISTRITOS
censo de 1960
censo de 1991
VIANA
277.748
250.059
VILA REAL
325.358
236.294
BRAGANÇA
233.441
157.809
BRAGA
596.768
754593
PORTO
1.193.368
1.635.100
AVEIRO
524.592
654.265
VISEU
482.416
401.871
GUARDA
282.606
188.165
COIMBRA
433.656
427.839
CASTELO BRANCO
316.536
214.853
LEIRIA
404.500
426.152
SANTAREM
461.707
444.880
PORTALEGRE
188.482
134.169
LISBOA
1.382.959
2.052.787
SETÚBAL
377.186
712.594
ÉVORA
219.916
173.654
BEJA
276.895
169.438
FARO
314.841
341.404
TOTAIS
8.292.975
9.375.926

 
          1.4.1.2  GRÁFICO
                     
Nº DE ÍNDICES POR DISTRITO

Nº de casos e índices por distritos
1º Período - 1908 a 1974 (censo de 1960)
2º Período – 1975 a 2000 (censo de 1991)

2  -  RESULTADOS  "EFEITOS"

Base de Dados compilada pelo “CTEC” a partir
do “FICHEIRO BASE”

Tendo em vista o desenvolvimento do presente PROJECTO o CTEC fez uma selecção criteriosa das centenas de testemunhos que integram o “Ficheiro Base”. Dessa selecção resultou a Base de Dados denominada
“ Ficheiro de EFEITOS”

A totalidade de relatos que integra esta base de  dados é de 319 Foram incluídos nesta selecção 23 registos, que ocorreram antes de 1975  (de 1922 a 1974 ), já que se trata de casos que foi possível estudar a partir de contactos directos com as testemunhas que protagonizaram essas experiências.

2.1   ANÁLISE DA ICONOGRAFIA OVNI / ET

          2.1.1   FICHA DE REINTERPRETAÇÃO

A citada selecção de testemunhos teve como suporte uma ficha, criada especificamente para o registo das características dos “efeitos” de vária ordem produzidos nas testemunhas,  face à experiência  vivida

2.2   CRITÉRIOS DE SELECÇÃO

Presidiram à selecção dos testemunhos que integram a base de dados  “Ficheiro de Efeitos” os efeitos psicológicos e físicos a nível das testemunhas - chave, ocorridos quer no momento da “experiência” quer a posteriori.

Para essa selecção contou também a qualidade (e, sobretudo, espontaneidade) de alguns registos elaborados pelos mesmos protagonistas, designadamente desenhos, esboços, colagens, etc.



2.3   CLASSIFICAÇÃO

1 -  Físicos
2-   Afectivos
3-   A posteriori
4-   Cognitivos

 

1 -  Efeitos Físicos
Suores, perturbações da visão, etc.
2 -  Efeitos Afectivos
Medo, terror, alegria, etc.
3 -  Efeitos a posteriori
Sonhos, pesadelos, etc.
4 -  Efeitos Cognitivos
Impressões sobre as características do fenómeno

Associação de Efeitos
Em muitos casos referenciou-se a conjugação de diferentes “efeitos” nas testemunhas.

Para a classificação desses casos adoptou-se as possíveis
variáveis de associação dos códigos correspondentes
 aos vários efeitos em presença, ou seja:
1 + 2
Para os casos onde se verificaram efeitos do tipo 1 e 2

2 + 3 + 4
Para os casos onde se verificaram efeitos do tipo 2, 3 e 4
ETC.

2.4   "EFEITOS"   (1922 - 2000)
         Distribuição Geográfica  -  MAPAS

          2.4.1  Distribuição Geográfica dos “EFEITOS”
           por Distrito (1922 - 2000)

          2.4.2  Distribuição Geográfica dos “EFEITOS”
                    percentagem por Distrito (1922 - 2000)

2.5   "EFEITOS"   (1922 - 2000)    TABELAS E GRÁFICOS


 

2.6   DISTRIBUIÇÃO  URBANA E RURAL DOS RELATOS
       
COM "EFEITOS"   - ( Gráfico)


2.7   DISTRIBUIÇÃO POR IDADE E SEXO DAS
        
"testemunhas - chave"     (Gráficos)

Amostragem geral dos “testemunhos-chave”

Distribuição Geral :  Idade / Sexo

2.8   ASPECTOS PARTICULARES

          2.8.1   EFEITOS COGNITIVOS

Nos 319 relatos com registo de “efeitos”Foram referenciados :
 
176 -“efeitos cognitivos" - 55%
 
58 - associações a “Extraterrestres / Ovnis” - 18%
 
Alteração de crenças
7 “passei a acreditar, fiquei convencido” -  2,2%

          2.8.2   Tipificação dos principais estereótipos revelado pela
                    amostra

          2.8.3    EFEITOS AFECTIVOS

Nos 319 relatos com registo de “efeitos” foram referenciados :

174 - “efeitos afectivos” - 54%

 ANÁLISE DE RESULTADOS 

 3.1   EVOLUÇÃO SEMÂNTICA DOS FENÓMENOS AÉREOS
         NÃO  IDENTIFICADOS

  • DÉCADA DE 1940
                
    Disco, foguetão
  • DÉCADA DE 1950
                
    Disco voador (especialmente diurno
  • ØDÉCADA DE 1970
          - Até 1974:
                
    Disco Voador, objecto voador
         
     - A partir de 1975:
                
    OVNI  (*)

    (*)  “Objecto Voador Não Identificado”.
    Este acrónimo mantém-se na actualidade. A partir desta época, os fenómenos apre-sentam um componente nocturna dominante.

3.2  EVOLUÇÃO  DO TEMA "MARTE" NA IMPRENSA
       PORTUGUESA
 

 

Este ciclo corresponde às notícias sobre o Planeta Marte desde 1877 até 1939
Destaca-se o aumento gradual  do interesse da imprensa pelo Planeta Vermelho nas regulares aproximações à Terra .
Saliente-se ainda o facto das informações relativas a 1909 terem associado novas notícias sobre Marte à aproximação do cometa Halley, em 1910

3.3   EVOLUÇÃO MORFOLÓGICA DO "ET"  AO LONGO
        DO  SÉC. XX

Até à década de 1940:

    - Vulto, “fantasma” (sem associação a objectos)
 

vDécada de 1950:

    - Tripulante com capacete ( Até meados da década, normalmente associado ao hipotético veículo de transporte - “disco voador”

    - Marciano  (*)(**)  Na segunda metade da década
 

(*) A utilização do termo marciano, deve-se essencialmente a duas situações: por um lado, a sua grande proliferação na imprensa francesa (na vaga de observações de 1954), reflectido na imprensa portuguesa, da mesma época, e por outro, aos efeitos do programa radiofónico “A Guerra dos Mundos”, difundido por Matos Maia, em 1958.
 
(**) – É de realçar o facto dos relatos das testemunhas da nossa amostragem (observações “reais”), não terem aparentemente reflectido a grande difusão do termo marciano utilizado  pela imprensa portuguesa.
 

Década de 1960:
- Seres com escafandros; seres com fatos e viseira (normalmente associado ao hipotético veículo de transporte - “disco voador”; “objecto voador”)
 
vDécada de 1970:
    - Até 1974: Vultos com escafandro, fato de chumbo (associados
 a hipotéticos veículos – tipo “disco voador”)
   - A partir de 1975, inclusive: Vulto humanóide, HUMANÓIDE
 
vDécada de 1980:
   - HUMANÓIDE
 
vDécada de 1990
- Primeiros relatos de alegadas experiências de abducção (“sequestro por entidades ET”), popularmente
    designados por “Greys”

3.4   REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS
           Sequência animada

desenhos feitos por testemunhas que descreveram, "seres", "vultos", "humanoides", etc.


Pelo seu valor intrínseco, como documento genuíno da interacção dessas “manifestações” com o psiquismo, mereceram especial atenção os desenhos feitos por crianças e jovens de idade inferior a 15 anos
Sequência animada

 

4  CONCLUSÃO DO PROJECTO 
 
Desenvolvimento, em curso, de um conjunto de trabalhos teóricos - cerca de uma dezena de leituras disciplinares - a publicar numa futura antologia.